Uma das coisas que mais assustam os novos investidores é a sopa de letrinhas que aparece quando se tenta aprender sobre investimentos, até mesmo com aqueles que tentam abrandar a linguagem para os mais iniciantes, e isso faz o assunto parecer muito mais complexo do que ele realmente é. Por isso, hoje vamos mostrar os conceitos mais elementares do mercado financeiro, e garanto que vai terminar esse artigo impressionado por ser mais simples do que você esperava!
A ordem da lista também é importante, já que ela foi pensada de uma forma em que um conceito complementa o outro. Vamos lá:
Bolsa de Valores: mercado que comercializa ações e títulos de investimentos.
Rentabilidade: o quanto de renda que o seu investimento te proporciona, ou pode te proporcionar. É geralmente expresso em percentual do valor investido.
Liquidez: facilidade de converter um investimento em dinheiro. Costuma ser medido em unidade do tempo necessário para resgatar o investimento.
Renda fixa: um tipo de investimento que tem sua rentabilidade fixa no decorrer do tempo. Essa fixação da rentabilidade pode ser feita de 3 formas: percentual pré-fixado do valor investido, rentabilidade estabelecida por uma taxa de mercado ou uma combinação das duas.
Ativo: na linguagem contábil, que também é usada no mundo do mercado financeiro, é um bem, ou patrimônio, que gere receita. Ao contrário do passivo, que é um bem gerador de despesa. No mundo dos investimentos, é um termo muito usado para falar de empresas e títulos de renda fixa.
Carteira de ativos: o conjunto dos ativos escolhidos para investir.
Perfil de investidor: uma identificação do quanto de risco é tolerado por determinado investidor. As categorias mais usadas são conservador (tolerância baixa), moderado (tolerância média) e agressivo ou arrojado (tolerância alta)
Ação: é uma pequena fração do capital de uma empresa. Ou seja, ao adquirir uma ação, você se torna, ainda que pouco, um dos donos da empresa, e tem direito a participação nos lucros da empresa, proporcionalmente ao valor da ação, e está sujeito à valorização e desvalorização daquela empresa, refletindo no preço da ação.
Volatilidade: é o termo usado para o nível de variação de preço de uma determinada ação. Se o preço dela varia muito ao longo de um determinado período, dizemos que sua volatilidade é alta, assim como no caso contrário, se ela varia pouco, sua volatilidade é baixa.
Corretora de valores: instituição financeira pela qual você pode comprar e vender ações. É a instituição que faz a ligação entre o investidor e o mercado financeiro.
Dividendos: são participações de lucros pagos das empresas aos acionistas, que são depositados diretamente na caixa da sua conta na corretora.
Bovespa: sigla para Bolsa de Valores do Estado de São Paulo, que é a bolsa de valores que opera no Brasil.
Inflação: é uma marcação da média de preços dos produtos e serviços vendidos no país. Uma alta na inflação representa que, na média, os preços de produtos e serviços subiu e o poder de compra da população caiu.
Alguns indicadores do mercado são importantes e devem ser acompanhadas. São eles:
SELIC: sigla para Sistema Especial de Liquidação e Custódia, que é a taxa básica de juros do Brasil. Nesta taxa são baseados muitos títulos de renda fixa e ela também influencia nas taxas de crédito do país. Esta taxa é definida a cada 45 dias em reuniões do COPOM (Comitê de Política Monetária), que é um órgão regulador do Banco Central.
CDI: significa Certificado de Depósito Interbancário, e é uma taxa muito usada nas transferências financeiras entre bancos e serve de indexador para muitos títulos de renda fixa. Seu valor costuma acompanhar o da taxa SELIC.
IPCA: Índice de Preços ao Consumidor Amplo. É o principal indicador de inflação do país, e é calculado pelo IBGE.
IGP-M: Índice geral de preços do Mercado. É outro indicador de inflação do país, este calculado pela Fundação Getúlio Vargas, medido no dia 20 de todo mês.
IGP-DI: Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna. Indicador de inflação calculado também pela Fundação Getúlio Vargas, porém, calculado do primeiro ao último do mês
IBOVESPA: Índice da Bolsa de Valores do Estado de São Paulo. É um índice que usa os maiores ativos da Bovespa para medir a valorização ou desvalorização do mercado no Brasil.
Ainda tem muitos outros termos que merecem ser tratados à parte, mas aqui estão os mais fundamentais. Agora, é botar a mão na massa e estudar muito para começar a investir. E, claro, vai ter dica de livro! Um muitíssimo importante para iniciantes no mundo dos investimentos é o Investimentos inteligentes, do Gustavo Cerbasi (talvez você vá ler muito sobre ele por aqui). O link está aqui embaixo:
Nos próximos dias, sempre às 19h, vamos começar uma série de artigos falando sobre as principais estratégias de investimento, para você entender qual ou quais combinam mais com o seu perfil para você começar sua trajetória ou ajustar sua carteira. Até lá o/
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